sexta-feira, 25 de setembro de 2015

II. Transmitir a fé - a catequese

4)      Bem cedo passou-se a chamar de catequese o conjunto de esforços empreendidos na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens a crerem que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, por meio da fé, tenham a vida em nome dele, para educá-los e instruí-los nesta vida, e assim construir o Corpo de Cristo[a2].
5)      "A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim de os iniciar na plenitude da vida cristã[a3]."
6)      Sem confundir-se com eles, a catequese se articula em torno de determinado número de elementos da missão pastoral da Igreja que têm um aspecto catequético e que preparam a catequese ou dela derivam: primeiro anúncio do Evangelho ou pregação missionária para suscitar a fé; busca das razões de crer; experiência de vida cristã; celebração dos sacramentos; integração na comunidade eclesial; testemunho apostólico e missionário[a4].

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Missa dos 10 anos do IMSS

Do Catecismo da Igreja Católica

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
PRÓLOGO
"PAI, ... a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o Deus único verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo" (Jo 17,3). "Deus, nosso Salvador ... quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2,3-4). "Não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4,12), afora o nome de JESUS.
I - A vida do homem conhecer e amar a Deus
1)      Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar de sua vida bem-aventurada. Eis por que, desde sempre e em todo lugar, está perto do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a conhecê-lo e a amá-lo com todas as suas forças. Convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade de sua família, a Igreja. Faz isto por meio do Filho, que enviou como Redentor e Salvador quando os tempos se cumpriram. Nele e por Ele, chama os homens a se tornarem, no Espírito Santo, seus filhos adotivos, e portanto os herdeiros de sua vida bem-aventurada.
2)      A fim de que este chamado ressoe pela terra inteira, Cristo enviou os apóstolos que escolhera, dando-lhes o mandato de anunciar o Evangelho: "Ide, fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos" (Mt 28,19-20). Fortalecidos com esta missão, os apóstolos “saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam" (Mc 16,20).
3)      Os que com a ajuda de Deus acolheram o chamado de Cristo e lhe responderam livremente foram por sua vez impulsionados pelo amor de Cristo a anunciar por todas as partes do mundo a Boa Notícia. Este tesouro recebido dos apóstolos foi guardado fielmente por seus sucessores. Todos os fiéis de Cristo são chamados a transmiti-lo de geração em geração, anunciando a fé, vivendo-a na partilha fraterna e celebrando-a na liturgia e na oração[a1].

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

HOMILIA NO POSTULANTADO NA FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

Se somos sinais da Igreja, por que tantos religiosos são ou se apresentam infelizes, com a cara amarrada, triste? Nossa alegria há de estar ligada à presença de Deus em nossa vida. Maria exultou de alegria! O rosto maternal de Deus, que nos ama! Sua misericórdia. Elementos que devem nos alegrar. Todos precisamos de ajuda!
Precisamos descobrir o quanto Deus nos ama como somos! Entender a beleza de nossa consagração, que dá-nos uma alegria, ainda que passemos pela cruz.
São João Crisóstomo sobre a liturgia de hoje: “Hoje Nosso Senhor Jesus Cristo está na cruz e nós estamos em festa, para que saibais que a cruz é uma festa e uma celebração espiritual. Antigamente, a cruz designava um castigo; hoje, tornou-se objeto de honra. Outrora símbolo de condenação, ei-la, hoje, princípio de salvação. Porque para nós ela é a causa de inumeráveis bens: libertou-nos do erro, iluminou-nos nas trevas e reconciliou-nos com Deus; fôramos para Ele inimigos e longínquos estrangeiros, e ela deu-nos a sua amizade e fez-nos aproximar-nos dele. A cruz é para nós a destruição da inimizade, o penhor da paz, o tesouro de mil bens.
Graças a ela, deixamos de errar pelos desertos, porque conhecemos agora o verdadeiro caminho. Não ficamos do lado de fora do palácio real, porque encontramos a porta. Já não tememos as armas inflamadas do diabo, porque descobrimos a fonte. Graças a ela, saímos do estado de viuvez, porque reencontramos o Esposo. Não tememos o lobo, porque temos o bom pastor. Graças à cruz, não receamos o usurpador, porque moramos ao lado do Rei.”
Faz-se necessário morrer para poder ressurgir. Como seres humanos, consagrados, temos mil motivos para sermos felizes, e porque somos tão tristes?
Se não nos libertarmos de nossos pesos, fardos, na relação com os outros acabamos por nos apresentar negativamente, amargurados.
Na parábola do jovem rico, Jesus o olhou com amor. Para nós também, apesar de nossas infidelidades. É sempre um olhar misericordioso. Nossa resposta é livre ao convite de Deus, não pode ser por falta de opções.
Quais são as aspirações dum consagrado, dum candidato à VRC? O que procurais? Quais meus interesses? Precisamos estar atentos para discernir a ação do Espírito, para assim não nos corrompermos, pois graça e miséria humana caminham juntas!
Papa Francisco aos consagrados da Bolívia:
- evitar o perigo da indiferença, evitar, por exemplo, a expressão “sempre foi assim”; a insensibilidade;
- evitar ter um coração blindado, impenetrável;
- evitar ter uma espiritualidade do zapping, precisamos duma espiritualidade disciplinada;
- escutar a Deus e ao povo com mesma atenção e cuidado;
- sermos dóceis, reflexos do amor de Deus ao povo, fazer uma carícia, expressar um toque de ternura, de misericórdia, mansidão no sacramento da confissão;
- a compaixão não é silenciar a dor;
- pedir a Deus sempre a graça da memória, esforçar-se por não perdê-la; não esquecer nossas origens;
- ser testemunhas do Amor, não de uma ideologia;
- não podemos perder de vista o Evangelho em favor dessa ou daquela ideia teológica;

- lembrar sempre nossa história com Jesus.